A profundidade dos propósitos de Deus

 



    Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?” Romanos 11.33-34

    Nossa relação com Deus, nossa busca por viver e compreender a sua vontade é um exercício constante na nossa vida, o tempo todo, vamos vivendo a vida e tentando de certa maneira conhecer e descobrir os propósitos de Deus nas coisas que acontecem ao nosso redor, especialmente quando essas coisas nos afetam.

    Nós tentamos conjecturar, tentamos explicar e encontrar explicações, na tentativa de talvez tranquilizar nossos corações com uma explicação logica e objetiva, mas a verdade que estes versos nos mostram é que os juízos de Deus são insondáveis, os pensamentos de Deus são impenetráveis e seus caminhos são inescrutáveis.

    Isso significa que nunca encontramos explicação para todas as coisas que Deus faz ou permite que aconteçam, nem tudo tem um sentido lógico e objetivo, pelo menos para nós, e isso é assim porque o Deus a quem servimos é infinitamente mais sábio do que podemos presumir, seus propósitos e suas intenções não podem ser completamente discernidas por nós, simplesmente porque somos limitados.

    Paulo faz uma pergunta retorica, quem conheceu a mente do Senhor, quem foi seu conselheiro? Estas perguntas que tem naturalmente uma resposta óbvia que é “ninguém” e nos levam a reconhecer a grandeza de Deus e a nos colocarmos em nosso devido lugar, e esse lugar é um lugar de submissão, e de adoração.

    A intenção de Paulo em falar dessas coisas é em primeiro lugar,  nos ensinar e nos mostrar que diante da sabedoria e do conhecimento de Deus, nós só podemos assumir uma postura de submissão, ou seja, aprender a confiar em Deus, pois ele sabe oque esta fazendo, devemos aprender a nos colocar debaixo da sua vontade, pelo simples fato de que não sabemos de nada, e ele sabe e conhece todas as coisas.

    Em segundo lugar, essa constatação deve nos levar a adorar a Deus, saber que Ele é tão grande, tão sábio, tão poderoso e tão profundo, e que ainda assim se importa e se relaciona conosco, nos ama e se inclina para nos proporcionar o bem, isso deve ser motivo suficiente para que o adoremos, para que celebremos e agradeçamos por seu amor.

    A constatação de que Deus é infinitamente maior do que podemos mensurar, que sua vontade plena é impossível de ser compreendida, não deve nos causar tristeza, desanimo ou assombro, pelo contrário, deve nos trazer segurança, pois cremos e nos relacionamos com um Deus de fato todo-poderoso, um Deus que realmente pode cuidar de nós, pode nos guardar, nos proteger e nos livrar.

    Nossa segurança está em Deus porque ele é absoluto, ele não tem força, ele é a força, ele não tem sabedoria, ele é a personificação da plena sabedoria, ele não apenas conhece o futuro, pois ele é o próprio tempo, ele não tem vida, porque ele é a própria vida. 

    Deus nos convida a uma vida de submissão e obediência a sua vontade, mesmo que não sejamos capazes de compreendê-la, isso é viver pela fé, é viver confiando naquilo que não podemos explicar, e essa é a prova de que ele é Deus, pois se fossemos capazes de explicá-lo, de medi-lo, de discernir seus pensamentos, de conhecer seus juízos e de dar conselhos a ele, os deuses seriamos nós.  

    Que possamos aprender cada vez mais a confiar nos propósitos de Deus, a depender de sua proteção, e a caminhar na direção de sua vontade, com satisfação e alegria, adorando e glorificando ao único e verdadeiro Deus.


Que Deus assim nos abençoe!

Pr Wellington L Silva

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